quarta-feira, 2 de julho de 2008

Pontiaguda.

O artista.

O artista não gosta de quantias vultuosas,

De porções e mais porções de amigos numéricos,

vendidos em baciadas,
em todas as esquinas.

O artista da vida,
não é genérico.
É antes, cidadão homérico,
visto que cada dia é pra ele,
é pra mim,
batalha épica das entranhas.

Ouça o galope da vida:
É quase a chegada de um cavalo-de-Tróia por dia.

Na imensidão da vida, sou um artista-Ulisses;
Mas fico muito bem, pois me reconhece,
mais de um cão de olhos brilhantes.
Mais que um sabe das minhas cicatrizes.

Mais que um, mas menos do que muitos!

O artista da vida,
é o diferente,
é o que nunca se compreende inteiramente,
é o incomodado que não se retira da mesa,
já que afinal,
a mesa está posta.

O artista da vida,
que cria sempre um tudo,
daquilo que os outros julgam pó,
julgam nada,
é feito ostra machucada produzindo pérola.

É ser que é belo,
da machucadura que carrega,
incessantemente.

A machucadura que não fecha e faz viver!

Dedicado à Rubem Alves.

Um comentário:

meiko disse...

adorei seu blog!!!